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Já conhecidos:
Essas quantidades são suficientes para descrever o movimento antes e depois da colisão.
Conceito novo:
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Aqui isso nos fornecerá a força média que atua sobre uma corpo durante uma colisão,
Exemplos virão adiante quando as coisas começarem a colidir.
Conceito \ Tipo de Colisão | |
Inelástica |
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Energia Geral | |||
Energia Mecânica | |||
Momento Linear |
Conceito \ Tipo de Colisão | |
Inelástica |
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Energia Geral | |||
Energia Mecânica |
Parte da Energia Mecânica é convertida a alguma energia dissipativa nas colisões inelásticas. Por isso a Energia Geral é conservada.
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• Nas colisões perfeitamente inelásticas, os corpos sempre terão a mesma velocidade após a colisão. Isso formalmente significa que a Velocidade relativa entre eles é ZERO.
• Neste curso de Mecânica, a deformação do material será o tipo mais comum de energia dissipativa em colisões. Mas pode ocorrer aquecimento também. |
Em ordem de dificuldade:
Consederemos 2 corpos de massa $m_1$ e $m_2$, com velocidades iniciais $v_1$ e $v_2$ conhecidas, nesse caso tanto faz se as partículas vão ao encontro uma da outra (colisão frontal) ou uma se aproxima por trás da outra (colisão traseira). Fato é que eles colidem e o máximo de energia é perdida.
Com qual velocidade do conjunto $v_{c}$, após a colisão? Qual a Energia que resta após a colisão?
O que sabemos:
O que desejamos:
Também sabemos ser uma Colisão, só existem forças internas:
## $$m_1\;v_{1a}+m_2\;v_{2a}=m_1\;v_{1d}+m_2\;v_{2d}$$
No caso das colisões perfeitamente inelásticas,
$m_1\;v_{1a}+m_2\;v_{2a}=(m_1+m_2)\;v_{c}$
Resposta: Então a velocidade do conjunto será:
$$v_{c}=\frac{m_1\;v_{1a}+m_2\;v_{2a}}{m_1+m_2}$$Com a velocidade do conjunto disponível a Energia do sistema após acolisão será dada pela massa e velocidade do conjunto.
$K_{sd}=\frac{1}{2}\;m_c\;v^2_c$, substituindo
$K_{sd}=\frac{1}{2}\;(m_1+m_2)\;\frac{(m_1\;v_{1a}+m_2\;v_{2a})^2}{(m_1+m_2)^2}=\frac{1}{2}\;\frac{(m_1\;v_{1a}+m_2\;v_{2a})^2}{(m_1+m_2)}$
Que pode ser escrita de forma compacta usando o momento linear do sistema $(P_{Sis})$ descrito com as velocidades iniciais.
$$K_{sd}=\frac{P_{Sis}^2}{2(m_1+m_2)} $$ ![]() |
Se parte da Energia não fosse convertida em destruição dos veículos envolvido em acidêntes os ocupantes estaram sujeitos a forças e acelerações tremendamente mais elevadas, isso poderia causar danos muito severos aos ocupantes. Veremos algo sobre isso adiante. |
Foi observado que o carro para na via férrea, então sua velocidade é zero. A massa do trêm é muito maior que a do carro de passeio.
O que sabemos:
O que desejamos:
Nosso resultado geral foi:
$$v_{c}=\frac{m_1\;v_{1a}+m_2\;v_{2a}}{m_1+m_2}$$Substituindo o que sabemos:
*$v_{c}=\frac{m_1\;v_{1a}}{m_1+m_2}=\frac{\;v_{1a}}{1+\frac{m_2}{m_1}}$, como $m_1>>m_2$, no caso limite $\frac{m_2}{m_1}\rightarrow 0$, portanto fazerndo esse limite encontramos.
Resposta:
$$v_{c}\approx v_{1a}=v_{trem}$$
Efeito: O trem arrasta o carro como se ele não estivesse por ali.
A Aceleração média sobre o veículo:
Aqui vamos usar os resultados obtidos na seção que falava de impulso e a segunda Lei de Newton,
$\vec{F}_{res\; méd}=\frac{\Delta \vec{P}}{\Delta t}$
$p_{carro}=m_{car}\;v_{car}$, antes da colisão é zero, $p_{car\;ant}=0$, pois o carro está parado.
Depois da colisão será a $p_{car\;dep}=m_{car}\;v_{trem}$ pois o carro é arrastado pelo trem.
$$\Delta P = p_{final}-p_{inicial}=m_{car}\;v_{trem}$$A força média para uma colisão de 0.5s.
$$F_{res\; méd}=\frac{m_{car}\;v_{trem}}{0.5}=2\;m_{car}\;v_{trem}$$A aceleração média vem usando a segunda lei de Newton,
$$F_{res\; méd}=m_{car}\;a_{méd}=2\;m_{car}\;v_{trem}\Rightarrow$$Resposta: $$a_{méd}=2\;v_{trem} $$
no Museudo Caçador de Londres |
Disponível no Royal Gunpowder Mills, Essex, Inglaterra. |
Situação:
Um projétil de massa $m_{proj}$ é disparado e sai de uma da arma com velocidade $v_{proj}$, essa velocidade é desconhecida. Ele colide e se aloja dentro de um objeto parado e pendurado por uma corda, esse objeto pendurado tem massa $m_{pen}$. Após a colisão o conjunto oscila e se registra a altura máxima $h$ de oscilação.
Ilustração:
O que sabemos:
O que desejamos:
Devemos separar o problema em 2 estágios: Estágio de colisão inelástica e estágio de movimento do conjunto pendurado
Estágio de colisão perfeitamente inelástica:
$$K_{sd}=\frac{P_{Sis}^2}{2(m_1+m_2)}=\frac{1}{2}\;\frac{(m_1\;v_{1a}+m_2\;v_{2a})^2}{(m_1+m_2)}$$
Escolhemos:
Sabemos:
Substituindo o que sabemos e o que já encontramos,
$$\frac{1}{2}\;\frac{(m_1\;v_{1a})^2}{(m_1+m_2)}=(m_1+m_2)\;g\;h\Rightarrow$$Resposta:
$$v_{proj}=v_{1a}=\frac{(m_1+m_2)}{m_1}\sqrt{2\;g\;h} $$Consederemos 2 corpos de massa $m_1$ e $m_2$, com velocidades iniciais $v_1$ e $v_2$ conhecidas, nesse caso tanto faz se as partículas vão ao encontro uma da outra (colisão frontal) ou uma se aproxima por trás da outra (colisão traseira). Fato eles colidem sem deformação ou qualquer outra perda energética.
Com qual velocidades $v_{1d}$ e $v_{2d}$, os corpos terão após a colisão?
O que sabemos:
O que desejamos:
Também sabemos ser uma Colisão Elástica:
Energia Mecânica se Conserva (só tem energia cinética): $\Delta \vec{E}_{Sis}=0\;\Rightarrow\; K_{1a}+K_{2a}=K_{1d}+K_{2d}$, logo,
Da equação para o momento,
$$m_1\;(v_{1a}-v_{1d})=m_2\;(v_{2d}-v_{2a})\quad(1)$$Da equação para a Energia,
$$m_1\;(v_{1a}^2-v_{1d}^2)=m_2\;(v_{2d}^2-v_{2a}^2)\Rightarrow $$$$ m_1\;(v_{1a}-v_{1d})\;(v_{1a}+v_{1d})=m_2\;(v_{2d}-v_{2a})\;(v_{2d}+v_{2a})\quad(2)$$Divindindo (2) por (1),
$$v_{1a}+v_{1d}=v_{2a}+v_{2d}\Rightarrow v_{1a}-v_{2a}=v_{2d}-v_{1d}$$Mas como visto mais acima, o sinal se inverte.
Continuemos
Substituindo (4) em (1)
Reorganizando:
Resposta:
$$v_{1d}=\frac{v_{1a}(m_1-m_2)+2\;v_{2a}m_2}{m_1+m_2}\quad(5)$$Esse resultado também pode ser obtido substituindo (5) em (4).
Podemos considerar que as bolas de sinuca tem a mesma massa $(m_1=m_2)$.
O que sabemos:
O que desejamos:
Nosso resultado geral (5) e (6):
Substituindo o que sabemos,
$v_{1d}=0$
O momento e energia é transferido totalmente do objeto 1 para o objeto 2.
Exemplo real:
Vamos ver isso aplicado a um joguinho!
https://www.terra.com.br/diversao/games/jogos-online-billiards/
É fato que a parede está parada $(v_{2a})$ e podemos considerar que a parede tem massa $M\rightarrow\infty$ se comparada a de qualquer objeto de peso limitado, uma bola de ping-pong por exemplo. Desde que a parece seja resistente, valeria para uma bola de boliche.
O que sabemos:
Não sabemos:
O que desejamos:
Nosso resultado geral foi:
Substituindo o que sabemos e a quantidade auxiliar $m_1$.
$v_{1d}=\frac{v_{1a}(m_1-M)}{m_1+M}=\frac{v_{1a}(\frac{m_1}{M}-1)}{\frac{m_1}{M}+1}$
Como $M\rightarrow\infty \;\Rightarrow\;\frac{m_1}{M}\rightarrow0$, desde que $m_1$ seja irrelevante comparado com a parede.
Tomando o limite, $\frac{m_1}{M}\rightarrow0$
Restante da resposta:
$$v_{2d}=0 $$Ainda bem que a parede continua parada.
Exemplos:
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Não há o que considerar, apenas substituir.
O que sabemos:
mbola=6. # Massa da bola de boliche, mbola=m1 em kg
mpino=1.5 # Massa do pino, mpino=m2 em kg
vbola=10. # Velocidade da bola de boliche antes da colisão vbola=v1a, em m/s
vpino=0. #Velocidade do pino antes da colisão: vpino=v2a, em m/s
O que desejamos:
Nosso resultado geral foi:
M=mbola+mpino # Massa total do sistema
v1d=(vbola*(mbola-mpino)+2*vpino*mpino)/M # Substituição dos valores
print('Resposta: ',v1d,'m/s')
Resposta: 6.0 m/s
#Versão com mais conta
v2d=(vpino*(mpino-mbola)+2*vbola*mbola)/M # Substituição dos valores
print('Resposta: ',v2d,'m/s')
Resposta: 16.0 m/s
Usando que o módulo velocidade relativa se conserva na colisão elástica e o sinal se inverte
vr1=vbola-vpino # isso é a velocidade relativa bola/pino e dá 10 m/s.
vr2=-vr1 #vr2=vbola_depois-vpino_depois da colisão.
v2ds=(v1d-vr2) # vbola_depois=v1d, vr2=(v1d-v2d)
print('Resposta: ',v2ds,'m/s')
Resposta: 16.0 m/s
Esse exemplo do boliche tem a mesma estrutura inicial da colisão entre o automóvel parado e o trem. Vamos usar investigar quais consequencias teríamos se o automóvel fosse indestrutível. Portanto se a colisão fosse elástica.
O que sabemos (do enunciado original entre o carro e o trem lá na seção de colisão elástica):
O que desejamos (as mesmas coisas que no problema original lá no exemplo 1):
Aproveitando o resultado obtido a pouco para o sistema do boliche, basta trocar o índece bola por trem e o índice pino por objeto.
Fazendo o limite,
Parte da primeira resposta:
Efeito: O trem nem sente que bateu em algo.
Seguindo o mesmo método, tomemos o resultado para o pino e troquemos os índices.
Segunda parte da primeira resposta:
Efeito: O objeto é arremessado para frente com 2x a velocidade do trem.
A Aceleração média sobre o veículo:
Esta parte segue o mesmo desenvolvimento visto no problema anterior, a única diferença é que a velocidade do objeto depois da colisão mudou. Então basta trocar, $v_{trem}$ para $2\;v_{trem}$.
A aceleração média vem usando a segunda lei de Newton,
$$F_{res\; méd}=m_{obj}\;a_{méd}=2\;m_{car}\;2\;v_{trem}\Rightarrow$$Resposta: $$a_{méd}=4\;v_{trem} $$
Fica para depois que estudarmos centro de massa. O conceito de centro de massa facilita muito o entendimento das colisções parcialmente inelásticas.
Próxima aula, como obter o centro de massa de sistemas de partículas e objetos. Depois disso continuamos com colições.