Por Mariana Mischiatti
Na última sexta-feira, o Grupo de Conjuntura recebeu professora Ana Carolina Giuberti (UFES) para uma palestra sobre conjuntura econômica do estado do Espírito Santo, na qual foram apresentados os principais dados econômicos do Estado, com ênfase na estrutura produtiva da economia. De acordo com os dados, essa área sinaliza a vitalidade da economia.
Ana expôs que o que diferencia a estrutura produtiva do Espírito Santo é o que essa recebe de insumo e o que entrega de produto final, de acordo com as fontes do IBGE, e ao observar os grandes setores produtivos de 2012 e 2016, percebe-se que houve uma mudança em um curto período, e isso foi provocado pela queda da participação da indústria, queda do preço do petróleo e paralização das atividades da Samarco, que gestaram as condições para que os outros setores despontassem. Isso demonstra como a indústria capixaba é concentrada e repercute no andamento da conjuntura econômica do Estado.
O Espírito Santo demonstrou um crescimento de 2,8% no PIB, a agricultura cresceu 40,7% por exemplo, se recuperando de 2 anos de seca, contribuindo para o crescimento do PIB que representa 4% da economia capixaba. A Industria fechou negativo -0,9%. O que vinha acontecendo antes disso, para entender o indicativo de tendências para esse ano de 2019. Já o comercio varejista, a partir de 2016 começou a apresentar recuperação, e a partir de 2018 começou a crescer acumulando 13,6%.
No ano de 2015 a indústria capixaba ainda não estava em recessão como restante do país, até o mês de novembro do mesmo ano, quando houve a paralisação da Samarco, então começa a queda. O período de recuperação não se sustenta, e no final de 2017 começam as taxa negativas da indústria, dada a perda de peso da indústria extrativa, a indústria brasileira se recuperou mas a capixaba não conseguiu.
Para completar o trio, o setor de serviços. Após a crise econômica, o setor conseguiu uma recuperação. Porém, no início de 2018, verifica-se uma estagnação.
Pode-se concluir, de acordo com os dados expostos desses três setores, que a economia capixaba iniciou uma trajetória de recuperação, no entanto houve em seguida uma estagnação, pois a economia brasileira, de forma geral, também não está crescendo, em função das expectativas dos acontecimentos de cunho político, como a tramitação da PEC que
pretende reformar o sistema previdenciário do país. E em função dessas expectativas, os investimentos privados estão condicionados à aprovação da emenda.
No mercado de trabalho, o emprego formal no auge da crise econômica Acumulou perda de 50 mil postos. Mas está esboçando uma recuperação, ainda que muito lenta e gradual.
Por fim, o PIB do Brasil e do ES, em comparação a 2014-2018, 2014 cresceu 3,3% no ES e o Brasil 0,5%. Em 2015, houve uma queda 2,1%, e no Brasil houve queda de 3,5%. Há recuperação de 1% ao ano a partir de 2017 no Brasil e 2% ao ano no ES. E para 2019, a projeção de crescimento é
de 2%, estima-se um crescimento abaixo do que era esperado no início do ano, e para o Espírito Santo é previsto um crescimento de 2% dado o cenário atual.