Estudo aponta tratamentos para medo de falar em público

Resultados semelhantes foram alcançados nas terapias com e sem o uso de realidade virtual. Foto: Irina L./ Pixabay
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– Por Sueli de Freitas –

Falar em público pode ser um desafio para muitas pessoas, mas a chamada glossofobia tem tratamento. Uma pesquisa de iniciação científica realizada no Departamento de Psicologia Social e do Desenvolvimento da Ufes comparou dois métodos terapêuticos para tratar essa fobia. Um deles é o Treinamento de Habilidades Sociais (THS) e o outro é a exposição do paciente a situações aversivas do cotidiano utilizando o Virtual Reality Exposure Therapy (VRET), ou seja, terapia que usa equipamento e software de realidade virtual. “Os ganhos terapêuticos ligados ao THS são sutilmente maiores do que os da exposição à realidade virtual pura”, apontou como resultado dessa observação o estudante Thales Fortes, que fez a pesquisa sob a supervisão do professor Elizeu Borloti.

A pesquisa envolveu 20 voluntários que apresentavam grande dificuldade de se expressar em público. Eles foram separados em quatro grupos de cinco pessoas, sendo que dois grupos realizaram o treinamento de habilidades sociais e dois ficaram como grupos de controle. Os participantes passaram por avaliações antes e após o treinamento, usando as ferramentas Behavioral Avoidance Test (Teste de Evasão Comportamental, em tradução livre) e a Escala para Autoavaliação ao Falar em Público. 

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“Todos do grupo focal obtiveram ganhos terapêuticos notáveis e verbalizaram feedback positivo, enquanto os participantes do controle mantiveram relativamente o mesmo escore obtido no pré-teste”, afirmou Fortes.A segunda parte da pesquisa, que previa o uso do equipamento de realidade virtual, não foi realizada devido à suspensão das atividades presenciais na Ufes por conta da pandemia da covid-19. A solução foi a utilização de dados do projeto “Tecnologia de realidade virtual no tratamento de transtornos de ansiedade: uma investigação analítico-comportamental”, de 2017, também do Departamento de Psicologia da Ufes, para traçar o paralelo com o THS. “Foram selecionados pacientes com mesmo tempo de sessões e mesmo tempo de exposição para estabelecer a comparação”, explicou o estudante.

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