Ufes participa de estudo internacional sobre diagnóstico de câncer de cabeça e pescoço

Um dos braços do estudo realizado em Vitória visa relacionar a presença do papilomavírus humano (HPV) com o desenvolvimento dos tumores da orofaringe. Foto: Pixabay
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– Por Vitor Guerra* –

A Ufes, por meio do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia (PPGB), integra o estudo HEADsPaCe, que investiga os casos de câncer de cabeça e pescoço na América do Sul e na Europa, tendo como um dos objetivos evitar o diagnóstico tardio da doença.

O projeto envolve quinze países. No Brasil, quatro centros de pesquisa participam do estudo: Barretos, São Paulo, Rio de Janeiro e Vitória. Na capital capixaba, é coordenado pela professora Sandra Von Zeider, do PPGB/Ufes, e tem financiamento do Ministério da Saúde, do Departamento de Ciência e Tecnologia (DECIT), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes).

No Brasil, a mortalidade por câncer de cabeça e pescoço é bastante elevada. O custo do tratamento para o sistema de saúde e a queda na qualidade de vida após a internação clínica também são observados no país. “Esses aspectos estão ligados à descoberta da doença já em estágio avançado, ao invés de um diagnóstico em fase mais inicial da doença”, explica Sandra Voz Zeider.

Assista no programa Dez, da TV Ufes

Um dos braços do estudo que está sendo feito em Vitória visa relacionar a presença do papilomavírus humano (HPV) com o desenvolvimento dos tumores da orofaringe. Segundo a professora, a incidência de câncer na garganta em pacientes com HPV se dá em 20% dos casos. Esses pacientes, se tiverem o diagnóstico precoce, costumam apresentar uma melhor resposta aos tratamentos, que podem ser menos agressivos.

Para a identificação do papilomavírus humano, o Laboratório de Patologia Molecular da Ufes desenvolve, desde 2018, a técnica de hibridização in situ. Os pacientes são encaminhados pelo Hospital Santa Rita de Cássia e pelo Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes (Hucam-Ufes).

Sandra Voz Zeider destaca a importância da característica translacional do estudo. “A pesquisa é desenvolvida no laboratório, mas buscamos aplicar o conhecimento obtido para a solução no aspecto clínico de atendimento aos pacientes”.

*Estudante de jornalismo e voluntário em projeto de Comunicação. Com informações da TV Ufes

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