RECESSÃO E PANDEMIA: A CRISE ARRASTADA
O Boletim de Conjuntura em Economia da Ufes chega a sua 64a edição. Seu formato segue a mesma estrutura da edição anterior, com quatro seções, a primeira com a análise do nível de atividade, política fiscal e setor externo, a segunda sobre a política monetária e inflação e a terceira tratando do mercado de trabalho. Completa o texto, a tradicional análise do economista Fabrício Oliveira, fazendo um balanço da política econômica no ano. Um anexo estatístico fecha o boletim.
Essa edição trata do turbulento ano de 2020 e, portanto, dos efeitos da junção de crise econômica com outra, de caráter sanitário. A queda do PIB de 4,1%, em 2020, o crescimento da inflação, do desemprego, da informalidade e da subutilização da força de trabalho expressam um caminho tortuoso que pode ser sentido numa piora das condições de vida da maior parte dos brasileiros e brasileiras. Destaca-se, ainda, como as mulheres têm enfrentado maiores dificuldades nesse contexto. Ao que tudo indica, a crise pretende se arrastar ainda ao longo de 2021, agravando problemas econômicos e sociais latentes.
Esse quadro lança a sua sombra sobre o ano de 2021, que será objeto de análise do próximo boletim. A dita recuperação que se anuncia no ano corrente, como mostra o texto de Fabrício Oliveira, é frágil, tendo em vista a natureza do crescimento econômico, o aumento da inflação e a dificuldade de retomada do emprego.
Nós, professores e estudantes do Grupo de Conjuntura, convidamos a todas e todos para a leitura dos textos produzidos para a presente edição.