“O declínio do Estado e com ele o das sociedades democráticas, deve-se, segundo a análise desenvolvida neste trabalho, a várias razões, mas três principais são nele discutidas:
i) A perda de seu poder com a derrubada das fronteiras nacionais e a restrição à soberania nacional causada pelo processo de globalização, que transferiu para agentes privados do espaço global decisões sobre as quais deixou de ter capacidade de interferir;
ii) O enfraquecimento de suas instituições, tornando-o incapaz de cumprir até mesmo as funções originais para as quais foi criado, como as relativas à garantia da segurança, da vida, da igualdade;
iii) A interdição de seu papel como Estado social, restringindo-o a um mero executor das ordens do capital financeiro, obrigado a desmontar o welfare state e controlar rigidamente o orçamento para não incorrer em desequilíbrios em suas contas.”
Fabrício Augusto de Oliveira é Doutor em Economia pela Universidade Estadual de Campinas e professor do programa da Escola de Governo do Legislativo do Estado de Minas Gerais. Além disso, ele é membro da Plataforma de Política Social e atua como consultor de economia do setor público em órgãos nacionais e internacionais.
Fabrício é também um valioso colaborador do nosso subgrupo, contribuindo para o boletim com análises precisas. Na edição mais recente, escreveu a parte intitulada “Os Limites do Crescimento em 2024”.