Boletim 71° – 2024: A dinâmica interna e o crescimento econômico

O Boletim de Conjuntura Econômica da Ufes chega a sua septuagésima primeira edição no momento em que o IBGE divulga o crescimento do PIB, referente ao terceiro trimestre de 2024, da ordem de 3,3%, bem acima, portanto, das expectativas do mercado. Essas apontavam para uma variação de apenas 1,59%. Tal crescimento foi impulsionado fortemente peladinâmica interna da economia brasileira, haja vista os resultados positivos significativos apresentados pela indústria, pelos investimentos em capital, pelo mercado de trabalho, pela massa de salários e pelo consumo das famílias. Por outro lado, o crescimento verificado refletiu-se negativamente na forma de pressão sobre as importações e sobre a taxa de câmbio. Além disso, os resultados apresentados pela política fiscal evidenciam a luta do governo federal que, em um ano marcado pelas trágicas enchentes no Rio Grande do Sul, se debateu entre as rígidas regras do Novo Arcabouço Fiscal, a necessidade de gastos extraordinários e a tentativa de manutenção dos gastos sociais, situação combinada com a elevação da taxa de inflação, exigindo esforços e respostas que tem lhe custado caro no que tange à sua popularidade. Escrito integralmente pelos e pelas estudantes que compõem o Grupo de Estudos e Pesquisa em Conjuntura, do curso de Ciências Econômicas da Universidade Federal do Espírito Santo, sob orientação dos(as) professores(as) coordenadores(as), e com a destacada contribuição de nosso colaborador externo, professor Fabrício de Oliveira, as análises apresentadas nesta edição condizem com o título da seção de Política Econômica, indicando que a economia brasileira caminha entre o crescimento e o risco fiscal. Soma-se a esse cenário, o fato de que a recuperação do mercado de trabalho no país, algo a se comemorar, tem se apoiado no aumento das ocupações com menor qualidade, baixa remuneração e baixo nível de instrução,
o que nos leva a refletir de forma mais cautelosa.
As seções do boletim mantêm sua estrutura tradicional, iniciando com a análise do nível de atividade e setor externo, seguida pela política fiscal, a política monetária e inflação e a seção sobre o mercado de trabalho. Completando o texto, o economista Fabrício de Oliveira analisa a política econômica do governo ao longo de 2024 além de traçar perspectivas para 2025. Nós, professores, professoras, e estudantes do Grupo de Conjuntura, convidamos a todos e a todas para a leitura dos textos produzidos para a presente edição.

Leitura!
Grupo de Conjuntura

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