Pesquisa avalia adaptação de projeto de ginástica rítmica e artística para modo virtual

Apresentação virtual de alunas de ginástica. Foto: Reprodução / YouTube NPG Ufes
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– Por Breno Alexandre* –

Em tempos de pandemia e de substituição de atividades presenciais por remotas, estudantes do Centro de Educação Física e Desportos (CEFD) da Ufes precisaram fazer uma adaptação dos projetos vinculados ao Núcleo de Pesquisa em Ginástica (NPG) para a modalidade virtual.

O NPG coordena ações de ensino, pesquisa e extensão com o objetivo de proporcionar o estudo da prática das ginásticas rítmica e artística, assim como a ginástica para todos por crianças de 4 a 12 anos e também por adultos. Com o isolamento social decorrente da covid-19, os projetos foram adaptados para ocorrerem em salas virtuais. Os participantes do projeto também marcaram presença em festivais on-line (assista ao III Festival de Encerramentos dos Projetos de Extensão do NPG, realizado on-line).

Além de ser um espaço para exercício dos conhecimentos oriundos do ensino, o NPG é lugar de observação para os alunos-pesquisadores que desenvolvem projetos de iniciação científica, trabalhos de conclusão de curso e monografias de pós-graduação que oxigenam o conhecimento da Universidade na área. As temáticas trabalhadas variam, indo desde a história da ginástica no Espírito Santo até as práticas gímnicas contemporâneas como o slackline.

Coordenado pelo professor Maurício Oliveira, o NPG busca a inserção da comunidade ao esporte em um espaço bem equipado, além de reconstruir a imagem da ginástica, vista como elitizada, difícil e perigosa. Com o trabalho, é possível realizar a inserção social buscada pelo tripé acadêmico, que integra o ensino, a pesquisa e a extensão, mostrando a relevância do papel da universidade para a sociedade. “A pesquisa está sempre presente, é um processo natural, pois as inquietações vão surgindo e os alunos precisam buscar o conhecimento”, conta o professor.

Os estudantes do curso de Educação Física são os monitores das aulas síncronas, com duração de uma hora por dia, que acontecem duas vezes por semana. Os encontros virtuais foram a maneira de amenizar os impactos da pandemia na saúde física e mental dos participantes.

Exclusão digital

Oliveira relata sobre a experiência de fazer a adaptação para a modalidade on-line. “Voltamos com o projeto no segundo semestre de 2020 e tivemos a preocupação com o uso da tecnologia por parte das crianças, e também pela questão do acesso à internet, com a exclusão digital que foi possível perceber com a pandemia”, acrescentou.

Apesar do fator citado, o professor aponta que as turmas têm obtido sucesso graças ao apoio dos pais e monitores. A nova modalidade permitiu, também, a participação da equipe em um festival virtual de ginástica, além do desenvolvimento de um projeto de pesquisa que mostra a adaptação do modo presencial para o remoto.

Os projetos estão acontecendo com aulas síncronas de uma hora, duas vezes por semana. Por lidar com ginastas de diferentes níveis, é preciso realizar um planejamento que permita a integração de todos os participantes, tendo em vista que o foco não é preparar apenas para as competições, mas sim, para a vida como um todo. As inscrições para a lista de espera podem ser feitas pelo site https://linktr.ee/NPGinastica.

* Bolsista em projeto de Comunicação

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