Hucam lidera pesquisa para medir efetividade da 4ª dose da vacina contra a covid em idosos

Frei mais antigo do Convento da Penha em atividade, Pedro Hengel, de 85 anos, recebe a quarta dose da vacina contra a covid-19. Foto: Hélio Filho/Gov. ES
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Por Unidade de Comunicação do Hucam-Ufes

O Centro de Pesquisa Clínica do Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes (Hucam-Ufes), por meio do Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação (ICPEi) e com o apoio do Ministério da Saúde (MS), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Secretaria Municipal de Saúde de Cariacica, deu início ao Estudo Reforça Mais (Plus Booster), que tem o objetivo de medir a efetividade, a imunogenicidade e a segurança da segunda dose de reforço (quarta dose) da vacina contra a covid-19 em idosos.

Imunogenicidade é a capacidade que uma vacina tem de gerar uma resposta imune (anticorpos neutralizantes e células de defesa) e fazer com que uma pessoa fique protegida contra o vírus. Já a efetividade é a capacidade de a vacina reduzir o número de infecções, hospitalizações e mortes em comparação com o público que não tomou a dose.

Por sua vez, a resposta da vacina para a produção de anticorpos neutralizantes e células de defesa será avaliada em uma subamostra de 240 pessoas maiores de 60 anos, que voluntariamente quiserem participar, com coletas de sangue ao longo de um ano.

O lançamento da campanha para a aplicação da quarta dose em idosos foi realizado nesta segunda-feira, 21, com a presença do governador Renato Casagrande, entre outras autoridades.

Para participar

Para o estudo da efetividade, serão analisados dados de idosos de ambos os sexos, com 60 anos ou mais, moradores no Espírito Santo. Estima-se que 490 mil idosos sejam elegíveis para o estudo em todo o estado. As vagas para participar desse grupo serão abertas na plataforma https://www.vacinaeconfia.es.gov.br/cidadao/, bastando à pessoa interessada selecionar a Unidade de Saúde de Itaquari, em Cariacica, para a vacinação. Essa resposta será comparada com a de imunossuprimidos.

“A hipótese do estudo é que idosos que receberem a segunda dose de reforço terão menor taxa de incidência de hospitalizações e morte do que aqueles que receberam apenas o esquema primário, e que a resposta imune humoral e celular dos idosos seja semelhante à dos imunossuprimidos”, informou a médica e coordenadora do estudo, Valéria Valim.

Os participantes deste estudo terão como benefício saber se a resposta da segunda dose de reforço da vacina contra o vírus SARS-CoV-2 induziu produção de anticorpos neutralizantes. Além disso, ao participarem da coleta seriada de amostras sanguíneas, terão informação precisa e segura sobre a manutenção, ao longo do tempo, desses anticorpos. Os participantes terão acompanhamento para efeitos adversos.

A equipe envolvida na realização do Estudo Reforça Mais conta com a participação dos seguintes pesquisadores: Alexandre Barbosa (Unesp/Botucatu), Andréa Carvalho (Instituto René Rachou/Fiocruz), Daniel Villel (PROCC/Fiocruz), Ethel Maciel (Ufes), Lauro Pinto Neto (Emescam), Olindo Martins Filho (Instituto René Rachou/Fiocruz), Roni Mukamal (Hucam-Ufes/Ebserh), Samira Myiamoto (Ufes), Tania Reuter (Hucam-Ufes/Ebserh) e Valéria Valim (Hucam-Ufes/Ebserh).

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