Você economiza energia? Sim? Atitudes como desligar a luz de cômodos que não estão ocupados, não deixar a televisão falando sozinha, não deixar o computador ligado o dia todo sem uso, não tomar banhos longos…Esses tipos de atitudes são bem simples e com o tempo se tornam hábitos. Ainda não faz isso? Ainda bem que não ouvi a resposta. Quero dizer…Continue lendo! Hoje vamos falar de mais um meio pra você economizar energia! Só vem, confia no PET!
O assunto em pauta são os aperelhos em modo stand by. O termo stand by, vem da língua inglesa e nesse uso específico significa: “Estar disponível e pronto para agir caso seja necessário ou chamado.” Provavelmente você já entendeu: Os aparelhos elétricos que ficam disponíveis e prontos com suas luzinhas vermelhas acesas gastando, aparentemente, pouca energia. Só esperando o apertar do controle remoto para serem ligados! Mas já parou para pensar se vale a pena mesmo deixar esses aparelhos plugados na tomada? O conforto pesa mais? Pois é, isso vai de cada um pra cada um, mas vamos mostrar uns dados que vão te fazer tomar uma decisão bem mais consciente!
Estatisticas de inúmeros órgãos (No final daremos algumas dicas de sites que podem ser úteis!) estimam que por volta de 10% de todo o consumo de uma casa vem dos aparelhos ligados em modo stand by. Em outras palavras, 10% de tudo o que você consome em casa é apenas para te dar o conforto de ter que apertar o botãozinho do controle remoto, ou manter o relógio do microondas ligado, ou até mesmo manter aqueles decodificadores de TV por assinatura a postos. Pois é, tudo que tá ligado, tá gastando energia, mesmo que pouca, mas está.
Tomemos um forno micro-ondas como exemplo. Pelo site da ANEEL, esse aparelho consome em média 13,7kWh só na função stand-by num mês! Claro, isso depende do aparelho, mas para ter uma idéia: Considerando o valor do kWh no Espírito Santo, isso custaria aproximadamente R$ 6,21 no fim do mês! Pelo mesmo site, uma TV de 20 polegadas tem o consumo médio em stand by de 4,30kWh, que nos faz pagar R$ 1,95 no fim do mês. Poderíamos continuar dando mais exemplos, mas aí vem a pergunta: “ R$ 6,21? R$ 1,95? Isso não dá nem dez reais no fim do mês! “
A começar, com dez reais você almoça alguns dias no restaurante universitário, mas isso não vem ao caso. Acontece que aqueles dois aparelhos foram apenas dois exemplos que a grande maioria tem em casa e sempre ficam ligados. Pense agora, o que mais poderíamos acrescentar? Aparelhos de DVD/Blu-ray, aparelhos de som, os tais decodificadores de TV por assinatura, monitores de computador na função econômica, os video-games! Não se esqueça do modem da internet! Faltou algo? Talvez, você tenha se lembrado de algo mais, mas acho que já deve ter entendido meu ponto. Some o gasto de todos esses aparelhos, quantos almoços no restaurante você poderia comprar?
Claro, mas vamos ser razoáveis. Tem aparelhos que seu desligamento realmente causaria um grande desconforto, o modem de internert e um telefone, por exemplo, precisam ficar ligados sempre. Por outro lado, o microondas não é algo que se usa o tempo todo! Vamos focar num equilíbrio. Se o aparelho de Blu-ray só é usado quando você vai assistir um filme e se isso não acontece com frequência, pra quê deixar o aparelho pronto para ser usado por dias, ou até semanas? Lembre-se que estamos falando de vários aparelhos. Não te convenci? A tomada fica num lugar de difícil acesso? Eu tenho a solução para seus problemas:
Um filtro de linha! Também conhecido como extensão. Além de você poder conectar várias tomadas (esse aí já tá no padrão novo até!) ele tem um fusível para proteger seus equipamentos e quando não estiver usando, basta apertar o botão e cortar a energia dos equipamentos ligados a ele. Não é muito caro e é muito prático!
Se você ainda não se convenceu, continua sentado aí! (Ou se senta se estiver de pé!) Vamos aumentar ainda mais a escala. Vamos sair da nossa casa agora e subir um nível: Nossos vizinhos. Se cada um deles tem no mínimo os mesmos aparelhos que nós, a quantidade de energia exigida do sistema é maior. Pois é, agora não falamos mais de custos diretos na nossa conta de luz, mas sim do quanto exigimos do nosso sistema de distribuição para manter nossos aparelhos fingindo que estão desligados.
Suponha que numa vila fictícia com dez casinhas, onde cada casa gaste em média 10kWh por mês! Responsável por 10% (1kWh) desse todo estão os aparelhos em modo stand by. Tudo muito bom, até que, após o casamento dos filho e filha de duas famílias, acabe surgindo a necessidade de mais uma nova casa para a mais nova família. Acontece que o sistema de energia da vila estava operando para sustentar 10 famílias consumindo 10kWh! Uma nova casa exigirá mudanças no sistema, o que acarretará em custos e desconforto com obras. Aí que entra a grande sacada: Se cada uma dessas famílias economizassem os 10% do stand by, a nova família poderia entrar no sistema elétrico sem a necessidade de obras para mudanças!
Contada a historinha e elevando isso a níveis nacionais, imagine o quanto de energia poderia ser economizada, o quanto o sistema elétrico Brasileiro poderia ser menos exigido! Isso tudo são custos, que não final são repassados para nós, contribuintes. Sendo assim, se não fazer pelo almoço no “RU”, Por que não pelo Brasil?
Como prometido, aqui vão alguns links pra você continuar antenado!
http://www.aneel.gov.br/aplicacoes/aneel_luz/conteudo1.html – Nesse link a ANEEL dá dicas sobre aparelhos comuns nas nossas casas que podem se tornar verdadeiros vampiros de energia! Fique de olhos nos que tem a função Stand By!
http://standby.lbl.gov/summary-chart.html – Esse aqui está em inglês, é de um laboratório dos Estados Unidos. Ele mostra um gráfico separando por cômodos os aparelhos e seu consumo quando em modo Stand by.
http://www.eccj.or.jp/iea/01/text/ – Esse também está em inglês! É de uma organização japonesa que fez congressos sobre o assunto. (Não é só no Brasil que isso é uma preocupação!) Aí tem várias apresentações e dados de vários países sobre o assunto!
http://www.universitariafm.ufes.br/sites/default/files/audio_programas/painel_eletrico_28-01-2014.mp3 – Por último mas não menos importante, um link da nossa rádio! Mais ou menos na metade desse programa a Professora Doutora Jussara Farias Fardin, do departamento de Engenharia Elétrica da UFES, fala sobre o assunto! Foi dela que veio o exemplo da vila!