Estudo analisa a concentração do novo coronavírus em esgoto hospitalar

Pesquisa vai analisar a concentração do novo coronavírus em esgoto hospitalar
A pesquisa servirá como base referencial de dados para a análise do número de pessoas contaminadas em cada região. Imagem: Freepik
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– Por Sueli de Freitas –

A coleta de esgoto hospitalar para identificação e quantificação de material genético de SARS-CoV-2 é a base de um projeto que será desenvolvido pela Ufes em parceria com a Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti). Após o processamento das amostras no laboratório de Biologia Molecular do Centro de Pesquisa, Inovação e Desenvolvimento do Estado (Cpid), o próximo passo será estabelecer os mapas de carga viral em cada amostra, ou seja, a concentração de vírus, o que vai indicar o número de pessoas infectadas no hospital.

Segundo o professor do Departamento de Engenharia Ambiental Sérvio Tulio Cassini, a proposta de começar o estudo a partir de esgoto hospitalar é para criar uma base referencial de dados e, a partir daí, expandir os experimentos para fora dos hospitais, com o objetivo de indicar o número de pessoas infectadas em determinada região. “Os dados tabulados serão divulgados num aplicativo a ser criado”, informou Cassini, numa parceria com o professor do Departamento de Engenharia Elétrica Marcelo Segatto.

O professor Cassini ressalta a eficiência da metodologia de uso de amostras de esgoto para identificar a quantidade de pessoas infectadas num local, o que permite uma testagem coletiva ao invés das testagens individuais, que custam mais e demandam mais tempo. 

Estudo epidemiológico

Além da pesquisa coordenada pelo professor Cassini, outro grupo de pesquisadores da Ufes iniciou a coleta de amostras de esgoto do Canal da Costa, em Vila Velha, em um procedimento que tem por objetivo identificar a quantidade de pessoas infectadas pelo vírus da COVID-19 naquela região. Clique aqui e saiba mais sobre a pesquisa.

Trata-se de um estudo epidemiológico baseado em esgoto, estratégia de vigilância sanitária que vem sendo utilizada em várias partes do mundo para monitoramento de doenças e até do consumo de drogas em determinado local. Esse estudo envolve professores da Ufes dos departamentos de Engenharia Ambiental e de Patologia.

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Texto: Sueli de Freitas
Edição: Thereza Marinho

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