Quem não se comunica se trumbica!

Se a gente parar para pensar um pouco sobre como é fácil pesquisar sobre algum tema, percebe como as coisas mudaram de uns tempos pra cá. Antigamente não havia esse acesso à informação tão facilitado quanto hoje. Dessa forma, como diria a grande personagem da televisão brasileira, Magda, do programa Sai de Baixo da Rede Globo: Isso “é uma faca de dois legumes.”

Quer dizer, ter um acesso muito facilitado à informação traz novas variáveis ao modelo de sociedade em que vivemos. Podemos conhecer as diversas culturas no mundo, entender melhor alguma metodologia de cálculo através de uma vídeo-aula ou aprender outra língua sem sair de casa. Por outro lado, se alguma informação estiver incorreta, ela pode se disseminar com muito mais facilidade hoje em dia do que alguns anos atrás – o que pode ter consequências bobas ou absurdas.

Alguns pesquisadores entendem todas essas possibilidades de informação como um período de transição ao que era chamado de “Sociedade Industrial”. Ou seja, nós estamos passando daquela época em que o BUM era a industrialização dos meios de produção e indo para um momento onde o principal é a transmissão de conhecimento. (SQUIRRA, 2006)

Um dos termos para caracterizar o mundo atual é “Sociedade do Conhecimento” que, segundo a UNESCO, “inclui uma dimensão de transformação social, cultural, econômica, política e institucional, assim como uma perspectiva mais pluralista e de desenvolvimento.”.

Tá beleza, mas por que mesmo que a gente tá falando sobre isso?

Onde é que os estudantes de engenharia elétrica mais passam a vida? Dentro da universidade!

A Universidade é uma das mais antigas organizações da sociedade, o que não quer dizer que ela esteja em decadência, pelo contrário. A ideia da Sociedade do Conhecimento é justamente que a instituição da Universidade não fica pra trás nas mudanças sociais. Ao contrário, ela também passa por transformações. (TODESCAT e SANTOS, 2006)

Criar e disseminar o conhecimento para o meio social são as funções básicas e intransferíveis da Universidade. Seguindo essa linha de pensamento, para que haja grandes mudanças sociais, econômicas, culturais, ambientais e tecnológicas, as discussões e transformações devem, antes de tudo, passar pelo ambiente da Universidade. É na discussão e na participação de seus agentes, quer alunos, professores e funcionários, que se garante o amadurecimento e a disseminação dessas ideias e, consequentemente, das mudanças.

Por isso, é tão importante movimentar-se, sair da área confortável do comodismo, debater as ideias, argumentar, contra argumentar… É assim que se amadurece as mudanças… É preciso transpor os muros da instituição Universidade e fazer com que as mudanças que são desenvolvidas aqui possam chegar à toda a sociedade.

Esse também é o nosso papel. Não adianta simplesmente ficar esperando que outros o façam. É preciso que EU o faça também. Tenho que buscar o novo, buscar novas ideias, participar do processo de discussão e amadurecimento e depois disso tudo, ajudar a propagar. Essa tarefa não é só dos outros… é NOSSA, de todos nós agentes da Universidade.

Essa é a razão de ser do nosso “Painel Elétrico”. Discutir, aprimorar e disseminar conhecimento…

A tarefa é dura, mas os resultados são recompensadores. Não só para a sociedade, mas também para nós que teremos uma oportunidade imensa de crescermos enquanto engenheiros e engenheiras e, principalmente, enquanto seres humanos e humanitários.

E aí, topa se juntar a nós?

“Bora” arregaçar as mangas e pôr a mão na massa?

Sejam todos bem vindos ao NOSSO “Painel Elétrico”. Que possamos chegar longe e ajudar a plantar e colher muita coisa boa pelo caminho…

Abraço a todos e todas.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SQUIRRA, S. C. M. Sociedade do conhecimento. Comunicação & Sociedade, v. 27, n. 45, 2006. Disponível em: <https://www.metodista.br/revistas/revistas-ims/index.php/CSO/article/view/3795>. Acesso em: 07 nov. 2014.

 

TODESCAT M.; SANTOS, N. Universidade e a EAD na sociedade do conhecimento: contemporaneidade organizacional. In: IV SEMINÁRIO NACIONAL DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA, 4., 2006, Brasília. Anais do quarto Seminário de Educação a Distância. Brasília: 2006. Disponível em: <http://www.abed.org.br/seminario2006/pdf/tc3038.pdf>. Acesso em: 04 nov. 2014.

 

AUTORES

Débora de Souza Martins

Paulo José Mello Menegáz