Elas vêm zumbindo, em grupo, com seus temidos ferrões, afiados. Saiam de baixo! Lá vêm as vespas, essas cretinas, esperando por bonificação, e espetam quem esteja no caminho, não importa se é justo ou injusto, desde que dada a ordem, de cima, de um demagogo qualquer, pelo bem das instituições democráticas, pela ordem, pela paz, e – sussurra o soberano – na verdade é tudo ao contrário do que disse. As vespas são serviçais e não o sabem! Creem-se senhores, coitadas! Acreditam em seus tímidos ferrões! Não passam de vespas, burocráticas. Ponto parágrafo.
* Releitura de uma alegoria contida na comédia “As Vespas”, de Aristófanes