As Vespas

Elas vêm zumbindo, em grupo, com seus temidos ferrões, afiados. Saiam de baixo! Lá vêm as vespas, essas cretinas, esperando por bonificação, e espetam quem esteja no caminho, não importa se é justo ou injusto, desde que dada a ordem, de cima, de um demagogo qualquer, pelo bem das instituições democráticas, pela ordem, pela paz, e – sussurra o soberano – na verdade é tudo ao contrário do que disse. As vespas são serviçais e não o sabem! Creem-se senhores, coitadas! Acreditam em seus tímidos ferrões! Não passam de vespas, burocráticas. Ponto parágrafo.

* Releitura de uma alegoria contida na comédia “As Vespas”, de Aristófanes

Maria Solange, a internacionalista

A drag queen comunista Maria Solange está pasma com o avanço do golpe no Brasil!

Após fazer diversos protestos em frente à Avenida Foch, Foch, Foch, 51, na França, Maria Solange prepara suas malas, cobertas de adesivos de viagens internacionais.

Ela planeja visitar sua AMIGA, a filha de ninguém, no Brasil, para juntas confabularem perguntas surrealistas, emparedando os fálicos, falhos, golpistas.

Maria Solange ri, em silêncio, de seus planos mirabolantes, rebolantes, enquanto caminha, operária de todos os países, sempre altiva e independente!

A pequena família

– Três, dois, um… xiiiiiiiis!
*Flash*
Na foto aparece Batmoro, João Dollar e tantos outros vassalos de DeuStadosUnidos. São eles uma pequena família de carrascos, sob as ordens do patriarca sem rosto de Wall Street.

A filha de ninguém, com repulsa desses lambe botas, afirma:
– Não tenho certidão de nascimento, posso ser qualquer um. Sou hoje, então, o povo brasileiro, tão judiado, tão caluniado, por estes canalhas. Mas um dia ainda lhes daremos o troco! Ah, se vamos!