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Antropólogos estudam a “transmissão social” da obesidade
Nos últimos anos alguns estudos indicaram que a obesidade pode ser socialmente contagiosa. De acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade Estadual do Arizona, nos EUA, a “transmissão” da doença entre amigos e familiares se faz menos pelas ideias compartilhadas sobre o peso “aceitável” ou o tamanho do corpo e mais pelo comportamento e hábitos alimentares.
“As intervenções dirigidas a mudanças de ideias sobre os índices adequados de massa corporal ou tamanho do corpo podem ser menos úteis do que aquelas que trabalham mais diretamente os comportamentos, por exemplo a mudança de hábitos alimentares, transformação de oportunidades para entraves de ingestão alimentar”, afirmou Daniel J. Hruschka, autor do trabalho publicado no American Journal of Public Health.
A equipe de pesquisadores, formada por antropólogos e especialistas em matemática aplicada às ciências sociais, quis saber como a postura de grupos em relação a suas atitudes corporais conta para o contágio social da obesidade. Para tanto, entrevistaram 101 mulheres da região de Phoeniz e 812 pessoas da família e do círculo social.
Ao comparar o índice de massa corporal (IMC) dos entrevistados, os pesquisadores confirmaram os resultados anteriores, de que o risco de obesidade aumenta se a rede social é formada por obesos. A equipe então analisou três possíveis “caminhos” pelos quais as ideias de corpo aceitáveis eram compartilhados.
“Você pode aprender o que é um tamanho corporal aceitável de seus amigos e, em seguida, mudar sua dieta e exercícios para tentar alcançar isso”, explica Hruschka. “Ou você pode não concordar com os amigos e familiares pensam, mas ainda sentir a pressão de alguns deles para conseguir o tamanho de corpo ideal”. Finalmente, afirma o antropólogo, é possível formar uma ideia de tamanho de corpo apropriado simplesmente pela observação do corpo de seus amigos.
De acordo com os pesquisadores, não há provas para o primeiro e segundo caminho como meio de transmissão da obesidade. Apenas suporte limitado para a terceira colocação – o que sugere que outros fatores, como alimentação e exercícios conjuntos, podem ser mais importantes para fazer com que grupos de amigos e familiares ganhem ou percam peso juntos.
O trabalho avaliou os ideais de tamanho do corpo, preferências “antiobesidade”e estigmas “antigordura”: os participantes tiveram, por exemplo, que escolher se preferiam ser obeso a ser outras 12 condições socialmente estigmatizadas, como o alcoolismo ou ser portador de herpes. Em muitos casos, as mulheres preferem ter depressão grave e cegueira total do que serem obesas.
“Este estudo é importante porque mostra que, enquanto o agrupamento de pessoas com corpos maiores ou menores é real, não é a partilha de valores entre amigos que é responsável por isso”, conclui a co-autora do trabalho Alexandra Brewis, diretora do Center for Global Health da ASU. “Isso nos dá pistas importantes de que a melhor forma de combater a obesidade como um problema de saúde pública é se concentrar no que as pessoas fazem juntas, ao invés de focar no que elas pensam”.
Matéria original do portal Ciência Diaria: http://cienciadiaria.com.br/2011/05/09/valores-contam-menos-do-que-comportamento-para-a-transmissao-social-da-obesidade/
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Menos é mais: um aquecimento mais curto promove melhor potência em exercício em cicloergômetro
J Appl Physiol. 2011 May 5. [Epub ahead of print]
Less is More: Standard Warm-up Causes Fatigue and Less Warm-up Permits Greater Cycling Power Output.
Source
University of Calgary.
Abstract
The traditional warm-up (WU) athletes use to prepare for a sprint track cycling event involves a general WU followed by a series of brief sprints lasting at least 50 min in total. A WU of this duration and intensity could cause significant fatigue and impair subsequent performance. The purpose of this research was to compare a traditional WU to an experimental WU and examine the consequences of these on the 30 s Wingate test and electrically elicited twitch contractions. The traditional WU began with 20 min of cycling with a gradual intensity increase from 60% to 95% of maximal heart rate (HRmax). Following this, there were 4 sprints at 8 min intervals. The experimental WU was shorter with less high intensity exercise. Intensity increased from 60% to 70% HRmax over 15 min, and this was followed with just 1 sprint. The Wingate test was conducted with a 1 min lead-in at 80% of optimal cadence (OC), followed by a Wingate test at OC. Peak active twitch torque, after the traditional WU (86.5 ± 3.3 %) was significantly lower (p<0.05) than that after experimental WU (94.6 ± 2.4 %) when expressed as % of preWU amplitude. Wingate performance after experimental WU (PPO=1390 ± 80 W; Work=29.1 ± 1.2 kJ) was significantly better (p<0.01) than after traditional WU (PPO=1303 ± 89 W; Work=27.7 ± 1.2 kJ). The traditional track cyclists’ WU results in significant fatigue which corresponds with impaired peak power output. A shorter and lower intensity WU permits a better performance.
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Encefalopatia Traumática Crônica em Jogadores de Futebol Americano
Matéria exibida no Esporte Espetacular da Rede Globo.
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Jovens obesos com diabetes 2 têm pior desempenho cognitivo
Um estudo realizado pelo NYU Langone Medical Center mostra que adolescentes obesos com diabetes tipo 2 têm desempenhos cognitivos piores e alterações sutis no cérebro. O trabalho, que se baseou na análise de exames de ressonância magnética, enfatiza a importância do combate ao sedentarismo e obesidade – dois importantes fatores de risco para o desenvolvimento de doenças.
“Este é o primeiro estudo a mostrar que crianças com diabetes tipo 2 têm disfunção cognitiva e mais anomalias no cérebro do que crianças igualmente obesas que ainda não foram marcadas por problemas metabólicos em função da obesidade”, diz Antonio Convit, professor de Psiquiatria e Medicina da NYU.
Os pesquisadores avaliaram 18 jovens obesos com diabetes tipo 2 e adolescentes obesos de mesma origem socioeconômica e étnica, que não eram pré-diabéticos. A equipe observou que os adolescentes com a doença metabólica não só tiveram reduções significativas no desempenho em testes de funcionamento intelectual, memória e ortografia (o que pode levar a pior desempenho escolar), como também tinham anomalias claras na integridade da matéria branca do cérebro.
Anormalidades cerebrais já tinham sido evidenciadas em outras pesquisas em pacientes com diabetes tipo 2. Entretanto, os especialistas supunham que estas alterações eram resultado de alguma doença vascular. Os resultados da nova pesquisa mostram que mudanças na massa branca do cérebro em adolescentes pode ser consequência da fisiologia anormal que acompanha o diabetes tipo 2.
A equipe acredita que melhorar a sensibilidade à insulina e exercícios de perda de peso, mais do que evitar o problema, seria uma maneira de revertes estes déficits. Enquanto isso, controlar a alimentação e optar por uma vida mais ativa é uma boa ideia.
Matéria original do Portal Ciência Diária: http://cienciadiaria.com.br/2010/08/02/adolescentes-obesos-com-diabetes-tipo-2-tem-pior-desempenho-cognitivo-e-anormalidades-no-cerebro/
Artigo publicado no periódico Diabetologia: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20668831
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Cola intracelular tem papel crucial na diferenciação de células-tronco
Pesquisadores do Max Delbruck Center for Molecular Medicine (MDC), na Alemanha, descobriram o que permite que células-tronco embrionárias se diferenciem em diversos tipos de células e se tornem, assim, pluripotentes: a presença da molécula caderina-E – até então conhecida por seu papel na mediação da adesão celular, funcionando como uma espécie de “cola intracelular”. A molécula também tem um papel crucial na reprogramação de células somáticas (do corpo) em células-tronco pluripotentes.
Para chegar a estas conclusões, os pesquisadores usaram fibroblastos embrionários de camundongos em suas experiências. Em um primeiro momento, mostraram que a pluripotência das células-tronco está diretamente associada com a adesão da molécula caderina-E. Se ela está ausente, células-tronco perdem a sua pluripotência.
Numa segunda etapa, a equipe analisou o que ocorre quando células somáticas (que normalmente não têm caderina-E nem são pluripotentes) são reprogramadas para um estado pluripotente. Nesta técnica de reprogramação, células somáticas são convertidas em células-tronco pluripotentes induzidas (iPSCs). Os pesquisadores descobriram que, ao contrário de células originais, as novas células pluripotentes derivadas de tecidos conjuntivos de ratos continha, caderina-E.
“Assim, temos uma prova dupla que a caderina-E está diretamente associada a pluripotência das células-tronco. A caderina-E é necessária para a manutenção de células-tronco pluripotentes e também para induzir o estado pluripotente na reprogramação de células somáticas”, explica Daniel Besser, um dos responsáveis pelo trabalho.
Matéria Original no Portal Ciência Diária:
Cola intracelular tem papel crucial na diferenciação de células-tronco
Cola intracelular tem papel crucial na diferenciação de células-tronco
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Resistência à insulina: novo processo de captação de glicose descoberto
Pesquisadores da Universidade de Copenhague e da Harvard descobriram um novo processo molecular que é ativado nos músculos durante o exercício e que auxilia a eliminação da glicose no sangue. A descoberta pode levar a novos tratamentos para pacientes diabéticos com resistência à insulina.
Tanto lipídeos como carboidratos são queimados pelos músculos esqueléticos durante atividade física. Os hidratos de carbono consistem em glicogênio armazenado nos músculos e glicose extraída do sangue. Desta forma, é um bom dissipador para a eliminação da glicose na corrente sanguínea.
Este processo se diferencia do transporte de glicose utilizado pela insulina, representando uma via alternativa para aumentar a captação de glicose em indivíduos com resistência à insulina.
Os pesquisadores estudaram uma nova proteína chamada Snark que é ativada nos músculos esqueléticos, em resposta à contração e exercícios – tanto em roedores como em humanos. Por meio da utilização de modelos animais transgênicos com superexpressão do Snark, a equipe constatou que a contração induzida para a captação da glicose pode ser aumentada em até 50%, em comparação com os animais de controle.
Os resultados do trabalho mostram que o Snark tem um papel fundamental no transporte da glicose durante a atividade física, mas também sugere que múltiplos sinais podem mediar os efeitos da contração sobre a ativação do transporte de glicose.
Matéria original do Portal Ciência Diária:
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Ética na Pesquisa – Lei Arouca
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Artigos sobre Exercício Físico e Diabetes
Alunos do curso de Especialização em Bases Fisiológicas do Exercício Físico e do Treinamento, segue o link para artigos sobre Exercício Físico e Diabetes.
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Envelhecimento x Exercício Físico : Reportagem da Ciência Hoje
Os anos passam, a ciência avança e o melhor antídoto antienvelhecimento continua sendo o de sempre: exercício físico. Não adianta escapar. Prestes a completar 40 anos, o colunista Stevens Rehen discute as benesses do movimento para a cabeça e o corpo.
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International Society of Sports Nutrition position stand: meal frequency.
A Internation Society for Sports Nutrition publicou em seu jornal um poscionamento acerca da frequência de refeições e sua repercussão fisiológica. Segue o resumo e o link para o trabalho.
J Int Soc Sports Nutr. 2011 Mar 16;8(1):4. [Epub ahead of print]
La Bounty PM, Campbell BI, Wilson J, Galvan E, Berardi J, Kleiner SM, Kreider RB, Stout JR, Ziegenfuss T, Spano M, Smith A, Antonio J.
Abstract
ABSTRACT: Position Statement Admittedly, research to date examining the physiological effects of meal frequency in humans is somewhat limited. More specifically, data that has specifically examined the impact of meal frequency on body composition, training adaptations, and performance in physically active individuals and athletes is scant. Until more research is available in the physically active and athletic populations, definitive conclusions cannot be made. However, within the confines of the current scientific literature, we assert that: 1. Increasing meal frequency does not appear to favorably change body composition in sedentary populations. 2. If protein levels are adequate, increasing meal frequency during periods of hypoenergetic dieting may preserve lean body mass in athletic populations. 3. Increased meal frequency appears to have a positive effect on various blood markers of health, particularly LDL cholesterol, total cholesterol, and insulin. 4. Increased meal frequency does not appear to significantly enhance diet induced thermogenesis, total energy expenditure or resting metabolic rate. 5. Increasing meal frequency appears to help decrease hunger and improve appetite control. The following literature review has been prepared by the authors in support of the aforementioned position statement.
Publicado em nutrição, paper, suplementação
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