BOLETIM Nº. 68 | JULHO 2023

(IN) CERTEZAS DA ECONOMIA BRASILEIRA

   O ano de 2023 se inicia com muita expectativa e, simultaneamente, com grande dose de incerteza no que diz respeito ao desempenho da economia brasileira. Se, por um lado, os primeiros meses do ano trazem certo grau de euforia em virtude, principalmente, dos números do PIB, da inflação e do emprego, de outro, os movimentos econômicos parecem ser pouco sustentáveis. Os riscos de sustentabilidade do crescimento são de várias ordens, com problemas que vão desde a capacidade de manutenção dos gastos governamentais, à elevada dependência da produção do setor agropecuário e à qualidade e ao nível salarial das ocupações criadas. A esse cenário, impõem-se os desafios econômico e político no plano internacional.
    É nesse clima de incertezas sobre o futuro da economia brasileira que o Boletim de Conjuntura em Economia da Ufes, produzido pelo Grupo de Estudos e Pesquisa em Conjuntura, do curso de Ciências Econômicas da Universidade Federal do Espírito Santo, chega em sua sexagésima oitava edição. Mantendo sua tradicional estrutura, o boletim, escrito pelos estudantes, sob coordenação dos professores orientadores e com a contribuição de Fabrício de Oliveira, é composto por quatro seções. A primeira traz a análise do nível de atividade, política fiscal e setor externo; em seguida, uma seção sobre política monetária e inflação, seguida da terceira, que faz a análise do mercado de trabalho. Completando o texto, o economista Fabrício de Oliveira faz um balanço dos resultados da política econômica do ano de 2022 e analisa as possibilidades para 2023 diante do cenário e das ações do novo governo empossado em janeiro.
    O título do boletim, (In) Certezas da Economia Brasileira, reflete a dúvida que permanece no ar quando se analisam os resultados dos principais indicadores para os primeiros meses do ano de 2023. Os movimentos demonstram uma continuidade dos aspectos estruturais (nível de investimento ainda muito tímido, desindustrialização e reprimarização da pauta exportadora brasileira, aumento da informalidade no mercado de trabalho) com novos elementos que parecem ter pouco força para mudar a situação econômica (novo arcabouço fiscal). Nós, professores e estudantes do Grupo de Conjuntura, convidamos a todas e todos para a leitura dos textos produzidos para a presente edição.

Boa leitura!
Grupo de Conjuntura

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PROCESSO SELETIVO 2023.1

EDITAL PROCESSO SELETIVO 2023.1, 06 DE ABRIL DE 2023

Caros estudantes,

O Grupo de Conjuntura está abrindo novo processo seletivo. Há vagas para interessados em participar dos subgrupos, conforme a distribuição abaixo:

  • 3 vagas Empregos & Salários;
  • 3 vagas Política Monetária e Inflação;
  • 3 vagas Nível de Atividade, Política Fiscal & Setor Externo.

Todos/as os/as alunos/as regularmente matriculados estão aptos para participar do processo seletivo. Os interessados devem enviar até o dia 20/04, para o email conjunturaufes2016@gmail.com

  • nome completo e período cursado neste semestre;
  • subgrupo de preferência e segunda opção;
  • texto de no máximo 500 palavras com o seguinte tema: “Minha trajetória escolar/acadêmica e porquê o meu interesse em participar de um grupo de pesquisa e extensão sobre conjuntura econômica no curso de Ciências Econômicas de uma universidade pública ”
  • cópia do Histórico Parcial (exceto calouros).

A classificação seguirá o seguinte critério:

  • Candidatos calouros: uma nota conferida ao artigo (0 a 10); 
  • Candidatos veteranos: 0,8* (nota da redação) + 0,2* (Coef. De Rendimento).

O resultado final será divulgado no dia 27/04/2023 no blog do Grupo de Conjuntura: https://blog.ufes.br/grupodeconjunturaufes/, e nas redes sociais do grupo. Para os aprovados, as atividades do Grupo terão início já no dia 28 de Abril às 11h (portanto, um dia após a divulgação do resultado), sendo uma reunião interna para apresentar e discutir as propostas para o semestre. Organizem-se e fiquem atentos aos prazos.

BREVE DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DE CADA  SUBGRUPO

EMPREGOS & SALÁRIOS
Neste subgrupo, os integrantes estudam a dinâmica do mercado de trabalho brasileiro. Para isso, utilizam dados das principais fontes disponíveis: Pnad-C, RAIS e CAGED.  São analisadas categorias como: informalidade, subutilização, desemprego, raça e gênero. Por meio da coleta, organização, análise e interpretação crítica dos dados, torna-se possível compreender o comportamento atual do mercado de trabalho a partir de uma visão estrutural, estudando as suas características, composição e transformações na última década.

POLÍTICA MONETÁRIA & INFLAÇÃO
Os integrantes desse subgrupo estudam e analisam políticas monetárias adotadas pela autoridade monetária do Brasil – o Banco Central – e o comportamento da inflação. Para entender o comportamento da inflação, trabalham com dados do IPCA e INPC, fornecidos pelo IBGE, assim como o IGP-M, fornecido pela FGV. Além disso, também analisam as atas das reuniões do Comitê de Política Monetária, a fim de compreender a conjuntura analisada pelo COPOM para a definição da taxa básica de juros. Outra atividade importante desenvolvida pelo subgrupo é o levantamento e tratamento de dados e tabelas fornecidos pelas Estatísticas Monetárias e de Crédito do Banco Central do Brasil, com o objetivo de compreender melhor as tendências e comportamentos do mercado financeiro e econômico do país.

NÍVEL DE ATIVIDADE, POLÍTICA FISCAL & SETOR EXTERNO
Este subgrupo é constituído por três temas, os quais os alunos podem alternar entre si, caso queiram, e ter a oportunidade de estudar três âmbitos distintos da economia, mas que estão interligados. Os integrantes do subgrupo desenvolvem a capacidade de extrair e interpretar os dados das bases oficiais para estudar a dinâmica do PIB, o Resultado Fiscal do Governo, a Dívida Pública, as contas do Balanço de Pagamentos e o Comércio Exterior, a partir de um olhar crítico. Para isso, os integrantes coletam os dados do IBGE e Banco Central, por exemplo, além de consultar outras fonte para compreender o cenário internacional.

Vitória/ES, 05 de abril de 2023,

A coordenação.

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BOLETIM Nº67: JANEIRO DE 2023

CRESCIMENTO INSUSTENTÁVEL

O Boletim de Conjuntura em Economia da Ufes, produzido pelo Grupo de Estudos e Pesquisa em Conjuntura da Universidade Federal do Espírito Santo, chega a sua 67ª edição. Seu formato segue a mesma estrutura da edição anterior, com quatro seções, a primeira com a análise do nível de atividade, política fiscal e setor externo, a segunda sobre a política monetária e inflação e a terceira tratando do mercado de trabalho. Completa o texto, a tradicional análise do economista Fabrício Oliveira, fazendo um balanço da política econômica no ano de 2022. Um anexo estatístico fecha o boletim.

Os textos que seguem interpretam os resultados referentes ao ano de 2022, ano que vem sendo entendido como de recuperação econômica, melhoria das contas públicas e aquecimento do mercado de trabalho. Entretanto, essa interpretação denota somente um lado da questão, isto é, por baixo dessa fina camada de crescimento econômico, apresenta-se uma economia com fraca capacidade de crescimento sustentável ao longo do tempo, permanência do processo inflacionário e intensificação da precariedade laboral.

Assim, sob o título
Crescimento Insustentável, a análise conjuntural aqui desenvolvida questiona essa interpretação e levanta indicadores que mostram a fragilidade da dinâmica de crescimento que vem se apresentando, a resiliência do processo inflacionário, o crescimento da informalidade e das ocupações mal remuneradas. Tudo isso em um cenário internacional desafiador, como bem contextualiza o texto do Professor Fabrício de Oliveira. Nesse sentido, sua análise indica que o cenário atual é extremamente complexo, seja pela necessidade de criação de um novo arcabouço fiscal, seja pelos desafios impostos pelo cenário internacional ou pela crise econômica nacional que se arrasta pela última década, o que desafia a capacidade de atuação do novo governo.

Nós, professores e estudantes do Grupo de Conjuntura, convidamos a todas e todos para a leitura dos textos produzidos para a presente edição.

Boa leitura!
Grupo de Conjuntura

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BOLETIM N°66: AGOSTO DE 2022

UMA MELHORA QUESTIONÁVEL

 

O Boletim de Conjuntura em Economia da Ufes, produzido pelo Grupo de Estudos e Pesquisa em Conjuntura da Universidade Federal do Espírito Santo, chega a sua 66 a edição. Seu formato segue a mesma estrutura da edição anterior, com quatro seções, a primeira com a análise do nível de atividade, política fiscal e setor externo, a segunda sobre política monetária e inflação e a terceira tratando do mercado de trabalho. Completa o texto, a tradicional análise do economista Fabrício Oliveira, fazendo um balanço da economia mundial e nacional. Um anexo estatístico fecha o boletim.

Os textos que seguem apresentam o desempenho da economia brasileira após a vacinação de mais de 75% da sua população contra a COVID-19. Embora esse resultado não tenha encerrado a pandemia, ele permitiu uma circulação de pessoas sem o espectro dos lockdowns, o medo da contaminação e adoecimento grave e a exaustão do sistema de saúde público e privado. Diante desse recorte, os dados analisados compreendem o ano anterior à pandemia da COVID-19 e o primeiro trimestre de 2022.

Sob o título “Uma melhora questionável”, a análise conjuntural aqui desenvolvida questiona os resultados positivos da economia brasileira neste começo de 2022. Afinal, o crescimento do PIB não demonstra sustentabilidade em seus indicadores, a inflação atingiu um patamar elevado, a taxa Selic tem sofrido sucessivas altas e o crescimento da ocupação da força de trabalho se dá puxada pela informalidade. Quando somados, esses fatores apontam para uma tendência de baixo crescimento e piora na qualidade de vida.

Nesse sentido, os dados apresentados e o texto do professor Fabrício de Oliveira permitem questionar o resultado aparentemente positivo apresentado pelos indicadores macroeconômicos nacionais. O professor Fabrício mostra, ainda, que o cenário de recessão para a economia mundial neste ano de 2022 reforça a dura realidade para a economia brasileira nos próximos anos e pode se aprofundar mediante o potencial acirramento de um conflito mundial. Neste sentido, o desenho do futuro da economia brasileira ainda não está claro e a melhora de alguns indicadores deve ser interpretada com ressalvas.

Nós, professores e estudantes do Grupo de Conjuntura, convidamos a todas e todos para a leitura dos textos produzidos para a presente edição.

Boa leitura!
Grupo de Conjuntura

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RESULTADO PROCESSO SELETIVO

É com muito prazer que divulgamos o resultado final do nosso último processo seletivo!                A coordenação geral já entrou em contato (via e-mail) com todos os estudantes participantes do processo seletivo com o resultado, as notas e a classificação geral. Além disso, os coordenadores de cada subgrupo entrarão em contato em breve com cada aluno/a. 

Agradecemos a todos que participaram!
E boas-vindas aos novos integrantes!

processo seletivo
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BOLETIM N°65 | 3º TRIMESTRE DE 2021

BRASIL: CONDENADO A NÃO CRESCER

O Boletim de Conjuntura em Economia da Ufes, produzido pelo Grupo de Estudos e Pesquisa em Conjuntura da Universidade Federal do Espírito Santo, chega a sua 65a edição no início de 2022. Seu formato segue a mesma estrutura da edição anterior, com quatro seções, a primeira com a análise do nível de atividade, política fiscal e setor externo, a segunda sobre a política monetária e inflação e a terceira tratando do mercado de trabalho. Completa o texto, a tradicional análise do economista Fabrício Oliveira, fazendo um balanço da política econômica no ano de 2021. Um anexo estatístico fecha o boletim.

Os textos que seguem interpretam os resultados referentes ao ano de 2021, aguardado como o momento da arrancada, ou da recuperação econômica, afinal, à estagnação econômica que se arrasta desde 2015 juntaram-se, em 2020, os graves efeitos provocados pela pandemia de Covid-19, tanto na esfera econômica, social e sanitária, como pelo trágico número de mortos causados pela doença, o qual ultrapassa a casa dos 631 mil óbitos. Assim, 2021 seria o momento da virada econômica, pelo menos assim apostavam os técnicos do governo e o próprio presidente Bolsonaro.

Porém, sob o título Brasil: condenado a não crescer, a análise conjuntural aqui desenvolvida questiona profundamente tal otimismo. Afinal, com o PIB se arrastando e atingindo nível inferior ao observado em 2014, com a inflação e a Selic apresentando fortes tendências de alta, com a informalidade, a subutilização da mão de obra, a queda do rendimento médio da força de trabalho e a permanência de 13,5 milhões de brasileiros em busca de trabalho, e com a tímida recuperação no número de ocupados se mostrando incapaz de reencontrar o patamar pré-pandemia, fica difícil projetar um cenário animador de crescimento para 2022. Principalmente quando somamos o fato de que a variante do coronavírus, a Ômicron, volta a elevar o número de casos e mortos por Covid-19, além de provocar nova pressão sobre a ocupação de leitos hospitalares.

Nesse sentido, os dados apresentados e o texto do professor Fabrício de Oliveira desconstroem o mítico discurso do ministro da economia, Paulo Guedes, excessivamente confiante. O professor Fabrício mostra, ainda, que as dificuldades de ordem interna ao país, somadas aos efeitos contracionistas da economia internacional, impõem uma dura realidade para a economia brasileira nos próximos anos.

Nós, professores e estudantes do Grupo de Conjuntura, convidamos a todas e todos para a leitura dos textos produzidos para a presente edição.

Boa leitura!
Grupo de Conjuntura

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PNAD CONTÍNUA – APRESENTAÇÃO DINÂMICA SOBRE OS PRINCIPAIS CONCEITOS

Acesse o arquivo Pdf completo aqui.

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Lançamento do livro “ECONOMIA BRASILEIRA: 20 anos de Conjuntura (1997-2017)”

Da comemoração pelos 20 anos do Grupo de Estudos e Pesquisa em Conjuntura do Departamento de Economia da Universidade Federal do Espírito Santo, completados no mês de novembro de 2017, resultou o presente livro, no qual as últimas duas décadas da economia brasileira são postas em questão. Além de analisar as transformações gerais da economia brasileira em referência às mudanças do quadro econômico mundial, o livro centra o foco de estudo no comportamento da dívida pública, do setor externo e do mercado de trabalho, como três dimensões nas quais a nova situação da economia brasileira se expressa de maneira mais aguda. Com isso, o leitor tem em mãos uma síntese contextualizada da conjuntura brasileira dos últimos vinte anos.

Autoria

Neide César Vargas, Daniel Pereira Sampaio e Henrique Pereira Braga (Org.)

Ano de Publicação
2021
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Piketty e as desigualdades no capitalismo: colocando alguns pingos nos is na análise de “O capital no século XXI”

                                                                                                       Fabrício Augusto de Oliveira¹

Resumo 

Este trabalho faz uma análise do livro de Thomas Piketty, O capital no século XXI, de 2013, sobre a questão da desigualdade  no capitalismo. Para tanto, ele é desenvolvido em três seções. Na primeira, apresenta as principais ideias do autor sobre a  evolução da desigualdade desde o século XIX, bem como sobre as causas que têm provocado seu aumento no mundo a  partir da década de 1970, assim como sua proposta de criação de um imposto anual progressivo incidente sobre o capital  para reverter essa tendência. Na segunda, busca-se fazer uma interpretação teórica alternativa à de Piketty, à luz das  transformações conhecidas pelo capitalismo e das mudanças ocorridas no pensamento econômico a partir dessa época, sobre  as causas deste aumento das desigualdades. Na terceira, tecem-se comentários sobre novidades que seu estudo apresenta na  análise que realiza, bem como sobre suas deficiências para melhor compreensão dessa questão. 

Palavras-chave: Estado do bem-estar, Capital; Distribuição da renda e da riqueza, Tributação. 

Abstract  

Piketty and the inequalities in capitalism: an analysis of “Capital in the 21st century” 

This paper analyzes the book Capital in the 21st century, written by Thomas Piketty in 2013, on the issue of inequality in  capitalism. To do so, it is divided into three sections. In the first, it presents the author’s main ideas on the evolution of  inequality since the nineteenth century, and on the causes of its increase in the world from 1970 onwards, as well as its  proposal to create a progressive annual tax on capital to reverse this trend. In the second section, it seeks to make an  alternative theoretical interpretation to that of Piketty, in light of the transformations in capitalism and the changes that  occurred in economic thought from that time on the causes of this increase in inequality. In the third, contributions of the study in terms of the analysis performed are discussed, as well as its limitations that prevent a better understanding of this  issue. 

Keywords: Welfare state, Capital, Income and wealth distribution, Taxation.                JEL: I30, E01, D31, E62.

 

NOTAS
[1] Professor da Escola de Governo do Legislativo do Estado de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil. E-mail: fabricioaugusto@hotmail.com.
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BOLETIM N°64 | JULHO DE 2021

RECESSÃO E PANDEMIA: A CRISE ARRASTADA


O Boletim de Conjuntura em Economia da Ufes chega a sua 64a edição. Seu formato segue a mesma estrutura da edição anterior, com quatro seções, a primeira com a análise do nível de atividade, política fiscal e setor externo, a segunda sobre a política monetária e inflação e a terceira tratando do mercado de trabalho. Completa o texto, a tradicional análise do economista Fabrício Oliveira, fazendo um balanço da política econômica no ano. Um anexo estatístico fecha o boletim.

Essa edição trata do turbulento ano de 2020 e, portanto, dos efeitos da junção de crise econômica com outra, de caráter sanitário. A queda do PIB de 4,1%, em 2020, o crescimento da inflação, do desemprego, da informalidade e da subutilização da força de trabalho expressam um caminho tortuoso que pode ser sentido numa piora das condições de vida da maior parte dos brasileiros e brasileiras. Destaca-se, ainda, como as mulheres têm enfrentado maiores dificuldades nesse contexto. Ao que tudo indica, a crise pretende se arrastar ainda ao longo de 2021, agravando problemas econômicos e sociais latentes.

Esse quadro lança a sua sombra sobre o ano de 2021, que será objeto de análise do próximo boletim. A dita recuperação que se anuncia no ano corrente, como mostra o texto de Fabrício Oliveira, é frágil, tendo em vista a natureza do crescimento econômico, o aumento da inflação e a dificuldade de retomada do emprego.

Nós, professores e estudantes do Grupo de Conjuntura, convidamos a todas e todos para a leitura dos textos produzidos para a presente edição.

Boa leitura!
Grupo de Conjuntura

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