Livro: Metabolismo Passo a Passo – J.G. Salway

Para o estudo do metabolismo, indico o livro de J.G. Salway. Trata-se de um livro-atlas que aborda pontos-chave de vias metabólicas. Texto simples e conciso e boas ilustrações.

Capa Livro

Publicado em bioquímica, fisiologia, livro | Deixe um comentário

Mapa Metabólico

A empresa Sigma-Aldrich disponibiliza para download em seu site um mapa metabólico muito bem feito. Está em inglês e em tamanho médio, mas vale a pena pra que precisa estudar um pouco de metabolismo.
Dr. Donald Nicolson
Download aqui [.pdf]
Publicado em bioquímica, download | Deixe um comentário

Workshop de Mixed Martial Arts no CEFD.

Publicado em cefd, evento | Deixe um comentário

A desaminação do AMP atrasa a acidificação no músculo esquelético durante o exercício de alta intensidade.

AMP deamination delays muscle acidification during heavy exercise and hypoxia.
J Biol Chem. 2006 Feb 10;281(6):3057-66.
Faculty of Biotechnology, Jagiellonian University, 30-387 Kraków, Poland. benio@mol.uj.edu.pl
Korzeniewski, em 2006, publicou este trabalho que demonstrou, através de uma abordagem in silico (através de simulação computacional), que a atividade da AMP desaminase é importante durante atividade intensa. Esta enzima promove outra fonte de regeneração do ATP, apesar de causar a diminuição da reserva de adenina nucleotídeos da célula muscular, uma vez que o AMP é desaminado a IMP que deixa a célula.
Apesar deste efeito aparentemente deletério, o aumento da atividade da AMP desaminase promove uma menor dependência da glicólise anaeróbica, enquanto que a fosforilação oxidativa não é afetada. Na dependência de fontes anaeróbicas há o acúmulo de prótons H+ devido à não utilização destes na geração de ATP por via mitocondrial. Assim, a AMP desaminase mostra-se importante para o retardamento da fadiga durante esforços intensos, apesar da diminuição do pool de adenina nucleotídeos.
A figura seguir demonstra a geração de ATP por diferentes vias (creatina quinase, glicólise anaeróbica, fosforilação oxidativa e adenilato quinase). Quando o AMP é geração a partir da ação da adenilato quinase, é posteriormente desanimado pela AMP desaminase, gerando IMP que deixa a célula.
FIGURE 1.
Vias de regeneração do ATP a partir do ADP. AG: Glicólise Anaeróbica, OP: Fosforilação Oxidativa, CK: Creatina Quinase.
As tabela a seguir mostram o resultado da simulação computacional, baseado na cinética das vias envolvidas, demonstrando o efeito de diferentes intensidade de ação da AMP desaminase durante exercício intenso. É possível perceber que quando esta enzima está mais ativa, há uma diminuição do fluxo através da glicólise anaeróbica e, consequentemente, uma menor queda do pH em resposta ao exercício intenso.

Conditions



pH



ATP/ADP


Normoxia
    No AMP deamination (Fig. 2)  6.46 131
    Low AMP deamination (Fig. 3) 6.52 118
    High AMP deamination (Fig. 4)


6.60


96

Tabela 1: pH e relação ATP/ADP após 4 min de exercício intenso, em normóxia, para diferentes intensidades de desanimação do AMP.

Conditions



CK



OP



AG



AK + AMP-d


Normoxia
    No AMP deamination (Fig. 2) 0.4 87.7 11.9 0
    Low AMP deamination (Fig. 3) 0.4 88.4 9.8 1.3
    High AMP deamination (Fig. 4)


0.8


89.3


7.3


2.6

Tabela 2: Contribuição dos diferentes processos de consumo de ADP após 4 min de exercício intenso em normóxia para diferentes intensidades de desanimação de AMP.


Assim, este trabalho sugere que a principal função da AMP desanimase durante exercício de alta intensidade é retardar a fadiga, atenuando a queda do pH. Isso ajuda-nos a compreender a inter-relação dos sistemas de fornecimento de ATP e sua relação com a fadiga durante o exercício.
Publicado em bioquímica, fisiologia | Deixe um comentário

Grupo de Pesquisa em Biologia Experimental e Exercício



No segundo semestre de 2010 foi criado, no Centro de Educação Física e Desportos, o Grupo de Pesquisa em Biologia Experimental e Exercício, certificado pela UFES e cadastrado no diretório de grupos de pesquisa da Cnpq.

Objetivos do Grupo: Realizar estudos acerca dos aspectos funcionais, morfológicos e celulares da remodelação cardíaca e suas interações com o músculo esquelético. Este grupo visa identificar os mecanismos fisiológicos e fisiopatológicos, e, posteriormente a influência do exercício na prevenção e/ou atenuação dos danos cardíacos e alterações músculo-esqueléticas. São utilizados modelos experimentais de obesidade, exposição ao fumo e treinamento físico, dentre outros.

Linhas de Pesquisa:

Estudos dos aspectos morfofuncionais e moleculares da remodelação cardíaca: Estudar os aspectos funcionais, morfológicos e moleculares da remodelação cardíaca nos modelos experimentais de obesidade, exposição à fumaça de cigarro e treinamento físico.

Bases moleculares da plasticidade muscular: Investigar o efeito de nutrientes (aminoácidos e seus metabólitos, ácidos graxos, etc…) e do exercício físico sobre vias de síntese e degradação protéicas, estresse oxidativo, função neuromuscular e morfologia muscular-esquelética. Para tanto, utilizamos modelos experimentais de atrofia muscular, tais como a desnervação isquiática, tratamento com dexametasona, exposição ao fumo, distrofia muscular, dentre outros.

O grupo conta com a participação de professores do CEFD/UFES, com colaboração de professores do Centro de Ciências da Saúde da UFES e de outras universidades como UNESP, UNIFESP e USP.

Alguns projetos de pesquisa estão sendo registrados e tendo início. No ano de 2011 terão início as reuniões periódicas do grupo, com o intuito de discutir resultados, elaborar pesquisas e discutir publicações de interesse, agrupando professores e alunos de pós-graduação e graduação.

O Centro de Educação Física da UFES que sempre teve muita tradição em estudos de aspectos pedagógicos da Educação Física agora conta com um grupo de pesquisa estruturado, de forma a contribuir com a pesquisa no campo biológico da Educação Física e Esporte.
Publicado em Uncategorized | Deixe um comentário

A diminuição da proteólise muscular possui pequena contribuição no efeito anabólico em resposta ao treinamento de força e ingestão de aminoácidos e carboidratos.

Muscle protein breakdown has a minor role in the protein anabolic response to essential amino acid and carbohydrate intake following resistance exercise.
Am J Physiol Regul Integr Comp Physiol. 2010 Aug;299(2):R533-40. Epub 2010 Jun 2.
Univ. of Texas Medical Branch, Dept. of Physical Therapy, Galveston, TX 77555-1144, USA.

Abstract

Muscle protein breakdown (MPB) is increased following resistance exercise, but ingestion of carbohydrate during postexercise recovery can decrease MPB with no effect on muscle protein synthesis (MPS). We sought to determine whether a combination of essential amino acids (EAA) with low carbohydrate or high carbohydrate could effectively reduce MPB following resistance exercise and improve muscle protein net balance (NB). We hypothesized that higher levels of carbohydrate and resulting increases in circulating insulin would inhibit MPB and associated signaling, resulting in augmented NB. Thirteen male subjects were assigned to one of two groups receiving equivalent amounts of EAA (approximately 20 g) but differing carbohydrate levels (low = 30, high = 90 g). Groups ingested nutrients 1 h after an acute bout of leg resistance exercise. Leg phenylalanine kinetics (e.g., MPB, MPS, NB), signaling proteins, and mRNA expression were assessed on successive muscle biopsies using stable isotopic techniques, immunoblotting, and real-time quantitative PCR, respectively. MPB tended to decrease (P < 0.1) and MPS increased (P < 0.05) similarly in both groups following nutrient ingestion. No group differences were observed, but muscle ring finger 1 (MuRF1) protein content and MuRF1 mRNA expression increased following resistance exercise and remained elevated following nutrient ingestion, while autophagy marker (light-chain 3B-II) decreased after nutrient ingestion (P < 0.05). Forkhead box-O3a phosphorylation, total muscle atrophy F-box (MAFbx) protein, and MAFbx and caspase-3 mRNA expression were unchanged. We conclude that the enhanced muscle protein anabolic response detected when EAA+carbohydrate are ingested postresistance exercise is primarily due to an increase in MPS with minor changes in MPB, regardless of carbohydrate dose or circulating insulin level.
Publicado em aminoácidos, fisiologia, nutrição, paper, suplementação, treinamento | Deixe um comentário

Complexos mTORC1 e mTORC2.

Um pouco mais para esclarecer sobre o tema.

Modelo das relações entre Akt, complexo TSC1-TSC2 e complexos da mTOR.
A PI3K é ativada por fatores de crescimento através da interação direta com receptores, na presença de proteínas adaptadoras (scaffolding), como as proteínas IRS. Estas interações recrutam a PI3K para seu substrato, o fosfatidil-inositol 4,5-bifosfato (PIP2) permitindo a geração do segundo mensageiro lipídico fosfatidil-inositol 3,4,5-trifosfato (PIP3). A Akt e a PDK1 são recrutadas para a membrana plasmática pela associação com PIP3. Isto permite que a Akt seja ativada através da fosforilação no resíduo Thr-308 pela PDK1 e Ser-473 pelo mTORC2. Uma vez ativa, a Akt fosforila muitos alvos, incluíndo múltiplos sítios na TSC2, que forma um complexo funcional com TSC1. A fosforilação de TSC2 prejudica a habilidade de o complexo TSC1-TSC2 atuar na GTPase Rheb, resultando no acúmulo de Rheb-GTP.
Através de um mecanismo ainda pouco conhecido, a Rheb-GTP ativa a mTORC1, que fosforila e inibe a 4E-BP1 e ativa a S6K1 e S6K2. Um loop de retroalimentação negativa existe, no qual o mTORC1 e S6K1 fosforilam diretamente o IRS-1 e bloqueiam a sinalização da insulina e IGF-1 através da PI3K. Fatores de crescimento também aumentam a atividade da mTORC2, apesar de os eventos moleculares para tal ainda não serem bem compreendidos. Através de um mecanismo distinto, o complexo TSC1-TSC2 pode se ligar ao complexo mTORC2, ativando-o. Além disso, o complexo TSC1-TSC2 parece estar envolvido na fosforilação da PKC-alfa pela mTORC2. PDK1 fosforila S6K1, S6K2 e PKC-alfa de uma maneira independente de PIP3. Por fim, a droga Rapamicina inibe fortemente e agudamente o complexo mTORC1, enquanto afeta mTORC2 apenas apóes exposição prolongada à droga.
Publicado em bioquímica, sinalização celular | Deixe um comentário

Complexo mTORC2 é ativado por aminoácidos pela via PI3K/Akt.

Novas evidências acerca da regulação do mTORC2!

Amino acids activate mTOR complex 2 via PI3K/Akt signalling.
J Biol Chem. 2010 Dec 3. [Epub ahead of print]
Universitat de Barcelona, Spain.

Abstract

The activity of mammalian target of rapamycin (mTOR) complexes regulates essential cellular processes, such as growth, proliferation or survival. Nutrients such as amino acids are important regulators of mTOR Complex 1 (mTORC1) activation, thus affecting cell growth, protein synthesis and autophagy. Here, we show that amino acids may also activate mTOR Complex 2 (mTORC2). This activation is mediated by the activity of class I PI3K and of Akt. Amino acids induced a rapid phosphorylation of Akt at Thr308 and Ser473. Whereas both phosphorylations were dependent on the presence of mTOR, only Akt phosphorylation at Ser473 was dependent on the presence of rictor, a specific component of mTORC2. Kinase assays confirmed mTORC2 activation by amino acids. This signaling was functional, as demonstrated by the phosphorylation of Akt substrate FOXO3a. Interestingly, using different starvation conditions, amino acids can selectively activate mTORC1 or mTORC2. These findings identify a new signaling pathway used by amino acids underscoring the crucial importance of these nutrients in cell metabolism and offering new mechanistic insights.
Publicado em aminoácidos, bioquímica, fisiologia, paper, suplementação | Deixe um comentário

Novas evidências para o papel do complexo mTORC2.

Muito já foi publicado acerca da função do complexo mTORC1 em diversos tecidos. o mTORC2, em contrapartida, tem sua função ainda pouco conhecida. Kumar e colaboradores, neste trabalho, trazem novas evidências à tona, e auxiliam a desvendar a complexidade da via de sinalização da via da mTOR.

Fat cell-specific ablation of rictor in mice impairs insulin-regulated fat cell and whole-body glucose and lipid metabolism.
Diabetes. 2010 Jun;59(6):1397-406. Epub 2010 Mar 23.
Department of Pharmacology, University of Virginia Health System, Charlottesville, Virginia, USA. al4p@virginia.edu

Abstract

OBJECTIVE: Rictor is an essential component of mammalian target of rapamycin (mTOR) complex (mTORC) 2, a kinase that phosphorylates and activates Akt, an insulin signaling intermediary that regulates glucose and lipid metabolism in adipose tissue, skeletal muscle, and liver. To determine the physiological role of rictor/mTORC2 in insulin signaling and action in fat cells, we developed fat cell-specific rictor knockout (FRic(-/-)) mice.
RESEARCH DESIGN AND METHODS: Insulin signaling and glucose and lipid metabolism were studied in FRic(-/-) fat cells. In vivo glucose metabolism was evaluated by hyperinsulinemic-euglycemic clamp.
RESULTS: Loss of rictor in fat cells prevents insulin-stimulated phosphorylation of Akt at S473, which, in turn, impairs the phosphorylation of downstream targets such as FoxO3a at T32 and AS160 at T642. However, glycogen synthase kinase-3beta phosphorylation at S9 is not affected. The signaling defects in FRic(-/-) fat cells lead to impaired insulin-stimulated GLUT4 translocation to the plasma membrane and decreased glucose transport. Furthermore, rictor-null fat cells are unable to suppress lipolysis in response to insulin, leading to elevated circulating free fatty acids and glycerol. These metabolic perturbations are likely to account for defects observed at the whole-body level of FRic(-/-) mice, including glucose intolerance, marked hyperinsulinemia, insulin resistance in skeletal muscle and liver, and hepatic steatosis.
CONCLUSIONS: Rictor/mTORC2 in fat cells plays an important role in whole-body energy homeostasis by mediating signaling necessary for the regulation of glucose and lipid metabolism in fat cells.
Publicado em bioquímica, fisiologia, paper, sinalização celular | Deixe um comentário

Suplementação de Creatina melhora a memória em vegetarianos!

The influence of creatine supplementation on the cognitive functioning of vegetarians and omnivores.
Br J Nutr. 2010 Dec 1:1-6. [Epub ahead of print]
Department of Psychology, University of Swansea, Swansea SA2 8PP, Wales, UK.

Abstract

Creatine when combined with P forms phosphocreatine that acts as a reserve of high-energy phosphate. Creatine is found mostly in meat, fish and other animal products, and the levels of muscle creatine are known to be lower in vegetarians. Creatine supplementation influences brain functioning as indicated by imaging studies and the measurement of oxygenated Hb. Given the key role played by creatine in the provision of energy, the influence of its supplementation on cognitive functioning was examined, contrasting the effect in omnivores and vegetarians. Young adult females (n 128) were separated into those who were and were not vegetarian. Randomly and under a double-blind procedure, subjects consumed either a placebo or 20 g of creatine supplement for 5 d. Creatine supplementation did not influence measures of verbal fluency and vigilance. However, in vegetarians rather than in those who consume meat, creatine supplementation resulted in better memory. Irrespective of dietary style, the supplementation of creatine decreased the variability in the responses to a choice reaction-time task.
Publicado em creatina, nutrição, paper, suplementação | Deixe um comentário