O maior arquiteto brasileiro vivo completou no dia 25 de outubro, 90 anos de idade. Nascido em Vitória (ES) e formado na Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, destacou-se muito cedo, aos 29 anos, ao vencer o concurso para o Ginásio do Clube Atlético Paulistano, 1958. Integra o grupo liderado por Vilanova Artigas, constitui a chamada “Escola Paulista” na Arquitetura. São de sua autoria projetos como o Museu Brasileiro da Escultura (MuBE), a reforma da Pinacoteca do Estado e, em conjunto com o filho Pedro, o Museu da Língua Portuguesa, todos em São Paulo. Entre seus trabalhos mais recentes estão o novo Museu dos Coches, em Lisboa (Portugal), aberto ao público em 2015, e o Sesc 24 de Maio, em São Paulo, inaugurado em 2017.
Ele já recebeu o Prêmio Mies van der Rohe de Arquitetura Latino-americana em 2000; o Prêmio Pritzker (“o Nobel da Arquitetura”) em 2006; o Leão de Ouro da Bienal de Veneza de 2016; o Imperiale Premium (Prêmio Mundial de Cultura em Memória de Sua Alteza Imperial o Príncipe Takamatsu do Japão), também em 2016; e a Medalha de Ouro Real de 2017 do Royal Institute of British Architects (RIBA). Para a presidente do RIBA, Jane Duncan, Paulo Mendes da Rocha “é um arquiteto de classe mundial e uma verdadeira lenda viva”. Seu trabalho, disse ela, “é altamente incomum em comparação com a maioria dos arquitetos mais famosos do mundo. É um arquiteto com uma incrível reputação internacional, mas quase todas as suas obras-primas são construídas exclusivamente em seu país de origem. Revolucionária e transformadora, a obra de Mendes da Rocha tipifica a arquitetura do Brasil dos anos 50 – concreto cru, robusto e belamente “brutal”.